O Irã não deseja uma guerra com os EUA, mas “não tem medo dela”, diz chefe militar

O líder da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) assegurou que o país não está temeroso de um conflito com os Estados Unidos, enquanto o Pentágono avalia como reagir diretamente à perda de três soldados americanos em um ataque de drone na Jordânia.

O major-general Hossein Salami, comandante-chefe do IRGC, declarou: “Recebemos ameaças por parte das autoridades americanas sobre a possibilidade de atacar o Irã. Queremos deixar claro que vocês nos testaram, nos conhecemos. Não deixaremos nenhuma ameaça sem resposta. Não buscamos a guerra, mas não a tememos. Esta é a verdade amplamente reconhecida.”

Há expectativa de que outras milícias apoiadas pelo Irã no Iraque possam seguir o exemplo do Kataib Hezbollah, o grupo responsável pelo ataque fatal de drones à base de serviço dos EUA no domingo, suspendendo as operações contra bases dos EUA enquanto tentam evitar um iminente ataque americano. O Kataib Hezbollah, principal membro do grupo de Resistência Islâmica no Iraque, anunciou essa decisão na terça-feira.

Em decorrência dos recentes acontecimentos, espera-se respostas incisivas por parte do Governo Biden. Devido a movimentações militares cada vez mais reincidentes no Iêmen, o cenário caminha para uma provável tensão sobre países vizinhos e ainda mais preocupação sobre a geopolítica local.

André Jorge

André Jorge